Vasco

Vasco

terça-feira, 1 de março de 2011

A GRAÇA DA COLINA - RAINHA

As páginas de humor sempre fizeram tabelinhas com bola rolando nas revistas e jornais esportivos brasileiros. O Vasco da Gama, por ter nascido clube da colônia portuguesas do Rio de Janeiro, tornou-se um bom motivo para os chargistas fazerem os torcedores sorrirem, principalmente porque o carioca sempre gostou  de tirar um sarro em cima dos portugas.
A semanária “Esporte Ilustrado”, por exemplo – foi às bancas, entre as décadas 1920 a 1950 –, trazia toda a sua penúltima página com o que, hoje, chamamos de “gozações”, as “caçoadas” de antigamente. José Luz criava textos e Alberto Lima as ilustrações. Veja estas, publicadas pelo Nº 862, de 14 de outubro de 1954.

1 – Caçoada com os apelidados Rey e Rainha. O primeiro, José Fontana,  buscado no Coritiba, para substituir Jaguaré, que fora para o Barcelona-ESP,  esteve cruzmaltino entre 1933 e 1938, tendo sido campeão carioca-1934/1936. Nesse período, viveu uma vida movimentadíssima fora dos gramados.

2 - Nascido, em Curitiba-PR – viveu entre 19.03.1912 a 03.04.1986 – Rey é considerado pelo chargista um frangueiro. Nem tanto, pois chegou a ser chamado para a Seleção Brasileira. Motivo: engoliu três gols no segundo tempo de Vasco 4 x 6 América, em 18 de dezembro de 1938, sendo dois “perus” que ajudaram o rival a virar o placar. Estava em má forma física, devido à sua intensa vida noturna. Foi escorraçado pela torcida, multado pelo clube e teve o seu contrato rescindido. Nunca mais pisou o pé na Colina.

3 – Rainha, por engano do chargista, é citado por goleiro, mas foi jogador das antigas chamadas “linha média”, o que seria, atualmente, uma espécie de meio-campista. Esteve vascaíno entre 1917 a 1928. Nos dois últimos anos de carreira, as formações do time-base eram: Nélson (Amaral), Espanhol (Brilhante) e Itália; Nesi (Arthur), Bolão e Rainha (Sá Pinto); Paschoal (Baianinho), Torterolli (Álvaro), Russinho, Tatu (Galego) e Negrito (Badu). Rainha não se encontra entre os grandes ídolos do passadão vascaíno. Seu verdadeiro nome era Antônio de Castro Reis  e foi vice-presidente do clube,  em 1945, quando o presidente era Jayme Guedes, outro ex-atleta do futebol da Colina e que rolou a pelota junto com ele, em 1917. Rainha nunca foi titular absoluto.

Um comentário:

  1. Caro Mariani,
    Parabens pelo blog, esta' muito interessante. Vou criar um link no meu site.
    A ilustracao da capa do livro foi publicada originalmente como capa de um fasciculo da serie "A Selecao de Todos os Tempos" publicada pela revista Realidade em 1969. Foram onze fasciculos, um para cada jogador, e o Orlando foi o escolhido para o numero 6.
    Saudacoes cruzmaltinas,
    Mauro

    ResponderExcluir