Vasco

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quinta-feira, 30 de junho de 2011

LENDA DO CONDE DA ORDEM DE CRISTO





 Era uma vez, um Rei que sonhava conquistar novas terras, dominar o seu comércio e ser o libertador da Terra Santa, que via dominada por “infiéis” que não comungavam da sua mesma fé cristã. Até então, o seu país só era conhecido pelas proximidades. Foi então que ele mandou construir grandes navios e caravelas, para navegar por mares nunca d´antes navegados. E inquietou os seus vizinhos.
Enquanto o Rei não iniciava o seu grande projeto, a corte inquietava-se, tentando descobrir quem seria o comandante da grande aventura. Sua Majestade não demonstrava sinais sobre o escolhido. Só pensava em alguém que, além de navegar e lutar, fosse líder e soubesse negociar com os futuros vassalos.
“Vasco da Gama será o meu conquistador”, anunciou o Rei à sua surpreendida corte, que esperava ver Bartolomeu Dias o ungido, por tantos e relevantes serviços prestados à coroa – o anunciado não possuía linhagem suficiente para mais do que uma modesta posição dentro da nobreza. Principalmente, porque nascera  em uma casa simples, de pedras, em um incerto dia de 1469. Além do mais, Estêvão, o seu pai, fora  só alcaide-mor, principal magistrado e governador militar de Sines, um pequeno porto do Oceano Atlântico, a 100 milhas de Lisboa. Portanto, credenciais pequenas, de um nobre de menor importância, que não passara de posição mediana em uma ordem de matadores de “infiéis”. 
Vasco da Gama, no entanto, tinha muito mais para se falar dele. Lutara conta os mouros, em Algarves, e carregara o estandarte real na batalha contra Castela, repetindo o seu avô, o cavaleiro inglês Frederick Sudley,  pai de Isabel, a sua mãe. Falava-se que ele lutara no Marrocos, treinado por monges guerreiros e que aprendera os primeiros segredos do mar com os pescadores de sua terra.       
Teimoso, orgulhoso, com um temperamento irascível, maneiras bruscas e muito rude, Vasco chegou á corte real, em 1492, aos 23 anos de idade, quando tornou-se executor das ordens reais nos portos ao sul de Lisboa. Aos 26, já era um fidalgo e cavaleiro professo da Ordem de Santiago.
 Era 8 de julho de 1497, quando Vasco da Gama partiu de Portugal, a  bordo do navio comandante São Gabriel, acompanhado pelo São Rafael, comandado por seu irmão Paulo, e do Berrio, comandado por Nicolau Coelho.  Levava 160 homens. Pela costa africana, fizera viagem normal. Em 22 de novembro, ultrapassou o Cabo da Boa Esperança. Em 20 de maio de 1498, chegou a Calicute, na Índia, sendo  bem recebido pelo samorim, a princípio. Depois, enfrentou hostilidades. Mas chegara a um mundo onde nenhum europeu já estivera, por caminhos marítimos. E deixou  a marca do seu Rei na região.
Em setembro de 1499,  Vasco da Gama regressou a Lisboa, para dar ao seu país um novo status no comércio internacional. De capitão-mor, foi sagrado Almirante do Mar da Índia. Seus sucessores na rota não foram tão competentes quanto ele. Por isso,  o Rei só via um cabra macho em Portugal para fazer o eu ele pretendia, e voltou a convocá-lo para empreitada na Índia. Daquela vez, Vasco da Gama foi cruel, feroz e até pirata contra os “inimigos da fé cristã e dos interesses imperialistas e comerciais da Coroa Portuguesa. Partiu em 12 de fevereiro de 1502, levando 20 navios de guerra. Em março de 1503, guerreou contra o samorim de Calicute e o rajá de Cochim, onde fundou uma colônia portuguesa, ao ganhar  concessões favoráveis. Em setembro regressou. Em 1519, o Rei lhe deu o título de conde de Vidigueira. Se dependesse dele, teria privilégios em Sines, o que impediu a Ordem de Santiago, motivo da sua troca pela Ordem de Cristo.
Vivendo retirado em Évora, Vasco da Gama tinha junto ao Rei a ama de temível solucionador de problemas”.  Mais do que razão para voltar a enviá-lo às novas terras, para substituir o desastroso governador. Fez sua terceira viagem como vice-rei da Índia. Foi durão e impôs ordem onde faltava respeito ao seu Rei.      
Certo dia, Vasco da Gama voltava para o seu navio, juntamente com um dos seus capitães, em Cochim, quando viu nativos chutando uma pelota, pra lá e pra cá, enquanto outros tentavam impedí-los. Achou aquilo interessante. E viu mais vezes, e mais vezes admirou aquela disputa. Até autorizou os seus homens a fazer o mesmo nas praias locais, caso quisessem.  E eles toparam. Mas Vasco não pode vê-los em ação. Caiu enfermo, com um problema misterioso, e não o resistiu. No dia 24 de dezembro de 1524, aos 55 anos de idade, partia para uma viagem eterna a um mundo mais desconhecido, ainda. Ao saber do acontecido, seus marinheiros, que jogavam com a pelota nas praias de Cochim, juraram que nunca mais fariam aquilo, naquela data.

 O Club de Regatas Vasco das Gama, fundado em 21 de agosto de 1898, para se dedicar ao remo, usou, nos gramados, commuito sucesso, todas as datas do calendário. Menos a de 24 de dezembro. UM FELIZ NATAL
(Início DESTA BRINCADEIRA ás 10h10 de 10.10.12 e final às 22h00 de 10.10.2012)
Gustavo Mariani   

 
 

 

 
 
 
 
 
 
 
 

 
 

 
 
 
 

 
 

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