Vasco

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

HISTÓRIAS DO KIKE - O ÚLTIMO PARCEIRO DO "REI". A GLÓRIA FOI DE CLÁUDIO ADÃO

   Coutinho formou com o Pelé a maior dupla fatal da história do Camisa 10. Depois, engordou muito e passou o cargo para Toninho Guerreiro. A partir de 1969, quando este deixou o Santos, o “Peixe” nadou muito para achar um camisas 9 que encaixasse bem do lado do “Rei”. Mas nenhum repetiu o sucesso de Wilson Honário e de Antonio Ferreira, isto é, de Coutinho e de Toninho.

Coutinho e Pelé reproduzidos de www.santosfc.com.br

 Pelos últimos tempos de Pelé na Vila Belmiro, foram tentados quatro atacantes: Nenê, Alcindo, Hélio Pires e Eusébio. Por último, Cláudio Adão. O primeiro deles, Nenê (Belarmino de Almeida Júnior) começou a mostrar futuro pelo time juvenil do Santos de 1968. Quando subiu ao time A, atuva mais pela meia-esquerda, reforçando  o meio-de-campo e permitindo a Pelé ir um pouco mais à frente, e deixar Edu Américo sem a obrigação de recuar e fechar o seu lado. Um dia, ele sofreu uma lesão, passou por cirurgias e duros meses em tratamento. Como o “Rei” não poderia ficar sem um parceiro de área, foram buscar o goleador gaúcho Alcindo (Martha de Freitas), que havia treinado e jogado com o Pelé durante os preparativos par a Copa o Mundo-1966.

Alcindo era o homem de área que vivia de costas para o gol, levando porradas. Pela sua forma de jogar, nada de toques de bola, só briga dentro a área. Pouco revezamento com o Pelé pra fazer o terceiro homem do meio-de-campo. De tanto os becões acertarem os seus tornozelos, “de vez em sempre”, ele estava na enfermaria e de fora dos jogos. Motivo para o Santos tentar com com o garoto Eusébio (Euzébio Carlos de Jesus), de 21 de idade. De início, ele empolgou e o Pelé disse vê-lo “com futebol suficiente para substituí-lo”. Atuara em várias posições do ataque santista, mas era centroavante fixo na frente. Depois, passou a revezar-se com o Pelé, no reforço ao meio-de-campo, o que era pedido aos seus antecessores. Próximo da fila: Hélio Pires, um outro gaúcho, mas que vinha jogando no Paraná. Com toques de bola rápidos, muitas deslocações e vontade de entrar na área, a sua missão foi dar mais liberdade de ação para o Pelé. Não conseguiu muito e só ficou, em 1973, no Santos.

                            REPRODUÇÃO DE WWW.YOUTUBE.COM

                    Cláudio Adão esteve do lado de Pelé no time do Santos...  

Enfim, Cláudio Adalberto Adão! Nascido, em Volta Redonda-RJ, no 2 de julhode 1955, ele foi o último parceiro do “Rei” no futebol brasileiro – de 19... a 199, após ter dado a sua carreira por encerrada, Pelé voltou a jogar e passou ... temporadas no Cosmos, de Nova York.

 Na verdade Cládo Adão não foi bem o último parceiro do “Rei”. Formou dupla fatal com o Camisa 10 em seus dois últimos jogos e fez parte dos últimos ataques com o Pelé, que teve outros camisas nove do lado dele: Nenê e Eusébio, já mencionados, Adílson, Miranda e Clayton, estes já completamente esquecidos.

FOTO MOSTRADA POR ADÃO QUANDO TREINAVA SOBRADINHO EC 

               ... e acompanhou o 'Rei Pelé' puxando este ataque santista 

Adilson Davi foi cria do Santos dos inícios da década-1960. Ainda juvenil esteve emprestado ao Fluminense, voltou à Vila Belmiro e, em 1970, subiu ao time A. Tinha Pelé por conselheiro e Cláudio Adão, começando a carreira, por grande amigo. Atuou como ponteiro na noite em que Pelé se depediu do Santos – Santos 2 x 1 Ponte Preta -, em 1974, e teve dia de substituir o “Rei” e marcar o gol da vitória, em amistoso – 06.03.1974, em Santos 1 x 0 Caldense-MG. Só em 1977 deixou o Santos, para jogar pelo Dom Bosco-MT. Passou, também, por Palestino, do Chile, Operário-MT e Comrecial-MS e encerrou a careira, em 1990.

 Miranda teve jogo em que substituiu Adilson e, prestigiado pelo treinador Tim (Élba de Pádua Lima), em 1974, formou linha assim: Fernandinho, Miranda, Pelé e Mazinho, com Léo Oliveira e Brecha no meio-de-campo. De sua parte, Clayton, centroavante revelado e que  brilhou no Guarani, de Campinas, entre 1971 e 1974, quando foi para o Santos, tinha físico avantajado e chegou a ser pré-convocado para a Seleção Olímpica de 1971.

Cláudio Adão aprece em sua primeira escalação santista no 10 de fevereiro de 1973, em Santo 0 x 0 Cruzeiro, no Pacaembu pelo Campeonato Brasileiro. Substituiu Euzébio, no decorrer da partida e, pela primeira fez, atuou ao lado de Pelé. Em maio, substitiu Pelé, no 1 x 0 Corinthians, pelo mesmo Brasileiro e no mesmo Pacaembu. E rolou a bola até as datas 29 de setembro – Santos 0 x 1 Cornthians, pelo Campeonato Paulista, no  Pacaembu – e 2 de outubro  - - Santos 2 x 1 Ponte Preta, também, pelo Paulistão, mas na Vila Belmiro, quando Pelé disputou as suas duas últimas partidas oficiais com a camisa santista.

No Pacaembu, o Santos linhou: Cejas; Wilson Campos, Marinho Perez, Oberdan e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha; Adílson (Ferreira), Cláudio Adão, Pelé (Mazinho) e Edu, dirigidos por Tim. Na Vila Belmiro, Cláudo Adão marcu o segundo tento da vitória santistas por esta escalação: Cejas; Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Léo Olivira e Brecha; Da Silva, Cláudio Adão, Pelé (Gílson) e Edu.  

DETALHE: Gilson Fidalgo Salgado, o Gilson Beija-Flor, foi o último atleta a subsituir Pelé em uma partida. Tempos depois, ele era vereador no Guaraujá-SP e foi o responsável pela interdição da construção da mansão de Pelé, alegando que o ex-companheiro de Santos teria avançado em um terreno público ao lado de sua casa. Rolou polêmicas e Pelé não escapou de ressarciu à prefeitura do município para legalizar a obra. Gílson saiu a Portuguesa Santista para o Santos, por empréstimo, em 1973, e voltou para a “Lusinha”, em 1974.

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