Vasco

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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

CLUB DE REGATAS VASCO DOS FUXICOS-10

                                    PUBLICADO, TAMBÉM, EM E 31.10.17

No dia 4 de agosto de 2015, o presidente vascaíno Eurico Miranda reuniu a imprensa em uma entrevista coletiva e acusou o seu antecessor, Roberto Dinamite, de “ter provocado  um rombo nas contas do Vasco”. Na semana, a “Turma da Colina” ocupava a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro e enfrentaria o catarinense Joinville.
 Eurico, que gosta de intitular-se “Rei Sol”, em alusão a Luís XIV, da França, afirmou ter pago mais de R$ 30 milhões, em dividas, após suceder o Dinamite, ao qual acusou de passar-lhe o cargo sem pagar salários, há três meses, além de não conceder, há oito meses, a ajuda de custo aos garotos das bases. “Tivemos de pagar imposto para obter a certidão negativa de débito. O imposto era a lista de obrigações não cumpridas. O Vasco não pagava as contas de água, chamava um carro-pipa e, também, não pagava. Provocou um acordo (com a empresa de águas e esgotos) no valor de R$ 10 milhões”, bateu Eurico.
 O presidente vascaíno bateu mais. Disse não ter contratado mais reforços, porque tivera de assumir dívidas deixadas pelo desafeto junto ao colombiano Nacional, pela negociação envolvendo o meio-campista Montoya; cobrança do espanhol Málaga, por Sandro Silva; do português Benfica, por Éder Luís; da Federação Paraguaia de Futbol, pela liberação de Benítez, e do também paraguaio Libertad,  pelas cessões de Guiñazu e de Tenório.
 Eurico Miranda e Roberto Dinamite tiveram pouquíssimos momentos de proximidade em suas vidas vascaínas. Antes, criticavam-se de leve. Nesta pancadaria de agosto de 2015,   o primeiro afirmou ter encontrado uma “herança maldita...irresponsável” em São Januário. “O que ele fez  no Vasco foi um crime”, bateu mais forte.
 Vice-presidente de Antônio Calçada, entre 1983 a 2001, Eurico assumiu o comando do Vasco, até julho de 2008, quando entrou Roberto Dinamite, que ficou até novembro de 2014, quando voltou Eurico. Segundo este, conforme publicação do jornal “Lance” – Nº 6457, Ano 17, de 05.08.2015, página 9 –, em junho de 2006, a dívida vascaína era de R$ 192 milhões, subindo a R$ 354 milhões, com Roberto. “Agora é de R$ 688 milhões”, afirmou, pela mesma edição citada acima, acrescentando que isso representou “dívida equivalente a um período de 110 anos de existência do clube”.
 Como presidente do Vasco, Roberto Dinamite acumulava a função de deputado estadual, para a qual não reelegeu-se, em 2014. O jornal carioca alegou não tê-lo localizado, em 4 de agosto de 2015, para responder a Eurico Miranda. Para o editor Maurício Oliveira, “mesmo considerando a administração Dinamite catastrófica... é, no mínimo, curioso ouvir de Eurico...que seu antecessor levou o Vasco à bancarrota” –  fuxico que não demorou na imprensa carioca.

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