Vasco

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O "FLAMENGAZO" DE 1952

   Vasco x Flamengo era uma grandiosa pauta paras as maiores magazines do país na década de 1950,  “O Cruzeiro”, mais vendida, e a concorrente 'Manchete'.
 Pincipalmente, se fosse em um momento decisivo de uma competição. Como em 14 de dezembro de 1952, quando os dois rivais disputavam o título do Campeonato Carioca, 
 Para uma revista,  seria “a batalha do ano”; para a outra, “o maior jogo do ano”. Pouca diferença, como na classificação, que tinha os vascaínos liderando, com três pontos à frente dos rubro-negros.
Quem vencesse, ficaria bem mais perto de colocar a mão no caneco, a cinco rodadas do final da disputa, que invadiria 1953.
Segundo "Manchete", pela milésima vez, Ademir resolveu a parada

FLAMENGAZO - Diante de uma previsão de Maracanã lotado e de todo o Brasil com os ouvidos colados nas ondas da Rádio Nacional, a mais potente da América do Sul, criou-se uma expectativa para o clássico comparável à final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai.
Por volta do meio-dia, as ruas cariocas que levavam ao estádio já ouviam buzinaços infernais. Sinal de que seria quebrado o recorde de renda em jogos entre times brasileiros, o que ocorreu, arrecadando-se Cr$ 2 milhões, 68 mil, 438 cruzeiros e 10 centavos.

Preparados para um show de cobertura – e de fotos – como sempre o faziam, em tais circunstâncias – “O Cruzeiro” escalou o repórter Luiz Carlos Barreto, que fotografava, também,  e o colega João Martins. De sua parte, a “Manchete” enviou Elmo Lins, para escrever a crônica do clássico, enquanto Darwin Brandão e Yillen Kerr cuidariam das imagens. E como cuidaram. A semanário de Assis Chateaubriand saiu com 15 fotos, duas delas bem abertas, e a de Adolfo Bloch com16, igualmente, com duas “rasgadas”. Se valesse pontos por algum campeonato, teria sido jogo empatado, tendo em vista que ambas focalizaram bem lances do clássico e as comemorações (e tristezas) dos vestiários, bem como a festa das torcidas, iten que “Manchete” investiu mais, mostrando oito fragrantes da “batalha”. Mas a concorrente mostrou mais lances do jogo, com melhor qualidade de imagem. Já o único gol do jogo, só a “Manchete” teve.
 
EQUIPES EM FOCO - Por aquela época, as revistas gostavam muito de publicar fotos de times posados.  Uma herança da “Esporte Ilustrado”, de décadas anteriores. “O Cruzeiro” saiu em sua edição de 27 de dezembro, 13 dias após o clássico, com as duas equipes posadas no alto da página, embora em tamanho pequeno. “Manchete” preferiu abrir um pouco mais e destacar o vencedor Vasco, pelo número que circulou a partir de 20 de dezembro.   
Eram 16h20, quando terminou a preliminar entre os aspirantes (categoria já extinta) dos dois clubes. O inglês Thomas Tudor chegou logo para apitar o início da contenda, cercado por 74 fotógrafos que esperavam pela presença dos dois times de maiores torcidas então no país.  Do lado de fora do gramado, 137.300 presentes, dos  quais 122.810 pagantes estão na maior expectativa.    

Rola a bola. “Manchete” conta que, aos 10 minutos, o Flamengo chuta a bola na rede, pelo lado de fora. A sua torcida grita gol e o garoto do placar chega a pendurar o número 1 na tabuleta. “O Cruzeiro” lembra que o Flamengo não podia e nem devia perder o jogo. Viu sua linha de frente mais habilidosas do que a do adversário no trabalho de infiltração, mas não sabendo transformar as chances em tentos. E a etapa inicial não tem gols.
Vem a fase final. “Manchete” não gostou da monotonia, até os 15 minutos. Foi quando Ipojucan pegou a bola no meio do campo. Com uma esticada de perna, conta seu repórter, “entrega a Ademir, entre Jadir e Leoni. O meia bate a ambos na corrida, entra na área e fulmina Garcia”, marcando o gol do jogo. “O Cruzeiro” abriu: “Ademir Liquidou o Flamengo”;  “Manchete” deu em manchete: Vasco 1 Flamengo 0”.  Para a primeira, Barbosa, Augusto, Haroldo, Ely, Danilo, Jorge, Sabará, Alfredo, Ademir, Ipojucan e Chico foram “sensacionais”. Enquanto isso, Garcia, Jadir, Dequinha, Beto, Leoni, Pavão, Joel, Índio, Adãozinho, Benitez e Esquerdinha “contavam com a vitória, grande passo para o título”, que dali a cinco rodadas terminou em São Januário.   

 

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