Vasco

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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ANIVERSARIANTE DO DIA: ALFREDO II

O Vasco já teve vários ídolos. Mas nenhum atleta merecendo uma lenda, como Alfredo II, o Alfredinho. Mais precisamente, Alfredo dos Santos. Conta-se que, ao trocar a jaqueta cruzmaltina pela rubro-negra, ele não conseguira vesti-la. Imediatamente, voltara para a para a Colina. Não foi bem assim. Vejamos!
Dizia-se que Aflredo dormia uniformizado,
segurando as chuteiras
Alfredo apareceu no Vasco, em 1936, pedindo uma chance entre os juvenis. Dizia-se “center-half”, um apoiador, hoje. Treinou, agradou e, no ano seguinte, estourando a idade da categoria, subiu para a chamada divisão superior de amadores.
Veio o dia 19 de dezembro 1939 e o VasCo faria um amistoso contra o argentino Independiente. O treinador uruguaio Ramon Platero, que havia substituído Carlos Soares, escalar Alfredo II na meia-direita.
Pena que tivesse chovido muito na noite daquela terça-feira, e a grande atuação do rapaz fora pouco testemunhada. Mas o bastante para Flamengo, Fluminense, Botafogo e América tentarem contratá-lo. O Flu até tentou aliciá-lo, mas o Vasco apelou para o seu lado torcedor, e o manteve, profissionalizndo-o, em 1939, pagando-lhe Cr$ 800 cruzeiros mensais. De luvas, uma dentadura.
FORA DOS PLANOS - Dez anos depois, o clube não o queria mais. Então, Alfredo II aceitou a proposta do Flamengo, para disputar dois amistosos no Rio Grande do Sul. Se agradasse, seria contatado.
No dia 9 de junho de 1949, ele se via como jamais se imaginara: vestido com a camisa rubro-negra, enfrentando o Grêmio. Dois dia depois, enfrentava o Brasil, de Pelotas. E estava aprovado e convidado a assinar contrato.
As bases eram boas, mas, no momento de colocar a assinatura no papel, Alfredo desabou. Tremeu as mãos e começou a chorar. Impressionado com tanto amor de um atleta por um clube, o presidente flamenguista, Gilberto Cardoso, comunicou o fato ao seu colega Cyro Aranha, que o chamou de volta a São Januário
Ao Nº 963, de 20 de setembro de 1956, da revista “Esporte Ilustrado”, Alfredo II declarou: “Fui muito bem tratado no Flamengo, mas vivia a pensar no Vasco da Gama. Era lá onde pulsava o meu coração. Fiz ver isso aos dirigentes rubro-negros, arrumei as minhas coisas e fui a São Januário ver se ainda ambiente para mim. Graças a Deus havia e fui bem recebido. Do contrário, teria abandonado os gamados”.
JOGADOR COPEIRO - Alfredo II ajudou o Vasco a conquistar os títulos cariocas de 1945/47/49/50/52 e do Torneio Octogonal Rivadávia Corrêa Meyer, em 1953. Jogava onde o treinador lhe mandasse. Em 1939, quando não se permitia substituições, terminou uma partida, contra a Portuguesa, como goleiro. Convocado para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo, em 1950, escalado na ponta-direita, marcou um gol no empate, por 2 x 2, com a Suíça no Pacaembu, em São Paulo.
 Além de seu único jogo no Mundial-1950, fez mais outros cinco pela Seleção, com quatro vitórias e uma derrota. Contra seleções nacionais, foram quatro jogos, com duas vitórias, um empate e uma derrota. Diante de clubes e combinados, foram outros dois jogos, vencendo ambos, sem balançar as redes. Não conquistou nenhum título pela Seleção, a não ser o vice-campeonato mundial de 1950. Nascido no Rio de Janeiro, em 1º de janeiro de 1920, Alfredo Ramos dos Santos esteve vascaíno até 1956. Passou a ser chamado de Alfredo II quando o Vasco contratou um atacante mineiro seu xará. No final de sua carreira, foi homenageado com uma medalha de ouro e o título de sócio remido do Vasco.
 Barbosa, Lerte, Augusto, Ely,Dasnilo, Jorge (em pé, da esquerda para a direita), Alfredo II, Ipojucan, Ademir Menezes, Maneca e Djayr e Mário Américo (agachados na mesma ordem),   em Vasco 4  x 1 Flamengo,  com três gols de Ipojucan e um de Alfredo, em 25.11.1950. 


Um comentário:

  1. QUE EXEMPLO DE VASCAINIDADE. OUTROS TEMPOS. ALÉM DE VASCAÍNO DE SANGUE E ALMA, ALFREDO II JOGAVA EM TODAS POSIÇÕES QUE OS TÉCNICOS O SOLICITASSEM, ERA UM VERDADEIRO CURINGA. PAU PRA TODA OBRA.
    MAS O MUNDO MUDOU, SE MERCANTILIZOU AO EXTREMO, E HOJE NEM EM SONHO PODERÍAMOS IMAGINAR JOGADORES DESSE QUILATE. HOJE BEIJA-SE UM ESCUDO A CADA DEZ MINUTOS, BASTA UM EMPRESÁRIO MANDAR.
    KIKE DA BOLA INICIA 2013 ARREBENTANDO OS CORAÇÕES, E PELO VISTO SERÁ UM ANO RICO DE HISTÓRIAS DO NOSSO VASCÃO CAMPEÃO. PARABÉNS.
    E QUE 2013 POSSA SER UM ANO MELHOR PARA O VASCO, E QUE PELO MENOS UMA TAÇA GUANABARA POSSAMOS ERGUER.
    SAUDAÇÕES VASCAÍNAS.
    CLOVIS RIBEIRO

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