Vasco

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quarta-feira, 22 de maio de 2013

ANIVERSARIANTE – ITÁLIA

Luiz Gervazoni, o Itália, faz parte da galeria dos zagueiraços vascaínos, tédio marcado época,  ao lado de Espanhol e de Brilhante. Nascido em 22 de maio de 1907, no Rio de Janeiro, viveu até 1963 e foi vascaíno entre 1926 e 1937. Seguramente, iniciou o ciclo dos "Xerifões da Colina”, que inclui Bellini, Orlando Peçanha, Brito, Fontana e Dedé, entre outros.
Luís Gervazoni, o Itália

Itália foi um dos esteios da defesa cruzmaltina, na conquista do Campeonato Carioca de 1929, quando a “Turma da Colina” montou uma equipe poderosa que fez o aviso durante os  amistosos preparativos para a temporada oficial, chegando a golear o Flamengo, por 4 x 1. Também, ganhou o Tornei Inicio, disputado em 31 de março, em São Januário, batendo o América, na final, por 1 x 0 – naquele tempo, se o jogo terminasse no 0 x 0, o vencedor era quem cedesse menos escanteios. Por tal critério, rolou Vasco 1 x 0 Bonsucesso. Nos demais jogos, com gol no tempo normal, antes da final, houve Vasco 1 x 0 Botafogo e Vasco 1 x 0 Bangu. O time do último jogo foi: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Paschoal, Espanhol, Russinho, Mário Matos e Santana.
Quanto ao primeiro título carioca de Itália, o Vasco arrancou para ele em 7 de abril , mandando 9 x 1 pra cima do Bangu. No meio do percurso, bateu nas duas vezes em que encarou o seu maior rival, o Flamengo,  por 3 x 2 e 1 x 0.  No final da temporada, estava igual ao América, sendo preciso uma decisão por “melhor de três jogos”, que teve os dois primeiros duelos terminados em   0 a 0 e 1 x 1. No terceiro, o Vasco goleou, por, 5 x 0, no Estádio das Laranjeiras, em 24 de novembro daquele 1929, jogando com: Jaguaré, Brilhante e Itália; Tinoco, Fausto e Mola; Paschoal, Oitenta-e-Quatro, Russinho, Mário Matos e Santana.
Em 1934, o zagueiro Itália voltava a ser campeão carioca, com o Vasco vencendo oito (66,67%), empatando dois e caindo só em dois dos 12 jogos, nos quais marcou 28 tentos, ou 2,33 de média por partida. O time-base foi: Rei (Marques), Domingos da Guia e Itália; Gringo (Tinoco/Calocero), Fausto (Jucá) e Mola; Orlando (Baianinho, Novamuel), Almir (Leônidas da Silva/Lamana), Gradim, Nena (Russinho) e D'Alessandro.  
Nestas formação de 1934, o zagueiro Itália é o quarto, depois do goleiro Rei, atrás de Fausto dos Santos
Em 1936, Itália conquistou seu último título pelo Vasco, já na era do profissionalismo, o futebol estadual estava dividido e o clube na  Federação Metropolitana de Desportos, entidade que acabou por abrigar vascaínos, botafoguenses e pequenos clubes. O time de Itália era tão forte quanto o de 1934,ateando como um dos destaques o artilheiro paulista Feitiço. aA base era: Rei, Poroto e Itália; Oscarino, Zarzur e Calocero (Marcelino Perez); Orlando, Luiz Carvalho (Gama), Feitiço, Kuko (Nena) e Luna.
SELEÇÃO BRASILEIRA - Titular da equipe que foi  primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, ao lado de mais três cruzmaltinos, Brilhante, Fausto dos Santos e Russinho, o zagueirão Itália disputou nove partidas com a camisa do escrete nacional. Venceu oito e escorregou em só uma. Desses compromissos, cinco foram oficiais e quatro diante de times uruguaios e argentino.
 A estreia de Itália foi na primeira rodada do Mundial-1930, em 14 de julho, nos 1 x 2 ante a antiga Iugoslávia, quando a rapaziada do treinador Píndaro de Carvalho Rodrigues foi vista por cinco cinco mil presentes, no estádio do Parque Central de Montevidéu, formando com: Joel; Brilhante e Itália; Hermógenes, Fausto e Fernando Giudicelli; Poly, Nilo, Araken, Preguinho, o autor do nosso gol,  e Teófilo.   
No jogo seguinte, oito dias depois, no Estádio Centenário, diante de 3.200 pagantes, Itália já não formou zaga com Brilhante. Mas ganhou a companhia de um outro cruzmaltino, o atacante Russinho, tendo a equipe sido: Velloso; Zé Luís e Itália; Hermógenes, Fausto e Giucicelli; Benedito, Russinho, Carvalho Leite, Preguinho e Moderato.             
Menos de um mês depois de ter sido eliminado da primeira Copa do Mundo, no saldo de gols, pelos iugoslavos, o zagueiro Itália se vingava deles, goleando-os, por 4 x 0, em um amistoso da Seleção Brasileira, no estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Naquele duelo, ele teve uma nova companhia vascaína, a do autor do primeiro gol olímpico que se teve notícia no futebol brasileiro, o ponta-esquerda Sant´Anna (tinha seu nome escrito também como Santana). Estiveram, ainda, na formação, Fausto e  Russinho que, por sinal, marcou o primeiro gol de um vascaíno com a camisa do selecionado. A turma foi: Joel, Zé Luís e Itália; Fausto (Benevenuto), Hermógenes e Giudicelli; Benedito, Nilo, Carvalho Leite, Russinho e Teófilo (Sant´Anna).
A quarta partida de Itália pela Seleção Brasileira foi a primeira em que, depois do Mundial de 1930, a equipe jogava com um só vascaíno. Em 17 de agosto, venceu os Estados Unidos, em novo amistoso nas Laranjeiras, por 4 x 3, ante 16.500 pagantes.
Depois daquilo, Itália só voltou a ser chamado para o jogo de 28 de novembro de 1932, na goleada sobre o time do Andarahy-RJ, por 7 x 2, em amistoso preparativo para a Copa Rio Branco-1932, da qual ao Brasil foi o campeão, em gramados uruguaios .
Naquela disputa, Itália esteve nos 2 x 1 da final, em 4 de dezembro, no Estádio Centenário, ante 50 mil almas. Naquele dia, reeditou uma zaga vascaína. Se, na Copa-1930, atuou ao lado de Brilhante, daquela vez, quem estava do seu lado era Domingos da Guia. O time: Victor; Domingos da Guia e Itália; Agrícola (Canalli), Martim Silveira e Ivan Mariz; Walter, Paulinho, Gradim, Leônidas da Silva (Benedicto) e Jarbas. Ainda em 1932, Itália disputou os seus últimos jogos pela Seleção brasileira, todos amistosos: 1 x 1 Peñarol-URu (08.12); 2 X 1 Nacional-URU (12.1212) e 2x1 River Plate-ARG (24.12)     
Luis Gervazoni, o Itália, foi primeiro atleta profissional a se aposentar no Brasil. (fotos reproduzidas de www.netvasco.com.br). Agradecimento.

 

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