Vasco

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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

ANIVERSARIANTES: VÁLTER E NADO

  1 - Em 1957, o futebol francês pensou em promover um torneio para ser a referência internacional da modalidade. E, entre os convidados, incluiu o Vasco. Meramente, para uma representante sul-americano. A taça, seguramente, seria carregada pelo time mais forte do planeta, o espanhol Real Madrid. Beleza!
Rolou a “maricota” e, na estreia, a “Turma da Colina” mandou 3 x 1 no anfitrião Racing, rolando uma bola de impressionar. Um presente de aniversária para a sua torcida. Mesmo assim, esta anão acreditava que daria para segurar os madrilenhos. Muito bem! O Vasco voltou ao Parc des Princes encarou legal o campeão espanhol e bicampeão europeu, que havia ganho, também, as Taças Latina e Generalíssimo Franco. No dia seguinte, um jornal parisiense contava: “Quando os brasileiros pegavam na bola, nada mais existia em campo, nem mesmo o Real Madrid”.
ASSOMBRAÇÃO -  Os franceses, que não botavam fé na rapaziada de São Januário, “ficaram atônitos ao verem a exibição cruzmaltina”, relatou o Nº 83 da revista carioca “Manchete Esportiva”, que circulou com data de 22 de junho. E abria a página 3 com uma foto imensa de um campeão, vibrando. Abaixo, legendava: “Válter assombrou os parisienses, com o seu jogo magnífico”.  Realmente, fora o “cara” da partida, botando a patota de Di Stefano no bolso, e, ainda, mandando duas pelotas balançar o filó dos merengues. Quando o semanário fez manchete dizendo que “O Vasco rasgou o cartaz doa Real Madrid”, estava implícito que o meia vascaíno fora um dos principais responsáveis pelo rasgão. Tanto que, no ano seguinte,  os espanhóis do Valência o levaram.
CONFUSÃO - Válter Marciano de Queiroz tinha muito o “V” trocado por “W”, pela imprensa da época. Paulistano, nascido em 15 de novembro de 1931, ele desembarcou na Colina, em 1954, procedente do Santos, para ser campeão carioca, duas temporadas depois. Além do Torneio de Paris, em 1957, ajudou a moçada a conquistar, também, o Troféu Tereza Herrera, na Espanha, e o Torneio Triangular do Chile.  Eleito o melhor jogador do time durante aquela temporada, já havia vestido a camisa da Seleção Brasileira em oito oportunidades – 18.09.1955 – Brasil 1 x 0 Chile; 13.11.1955 - 3 x 0 Paraguai;  01.04.1956 – 2 x 0 Seleção Pernambucana; 08.05.1956 – 1 x 0 Portugal; 11.04.1956 – 1 x Suíça; 21.04.1956 – 0 x0 Tchecoeslováquia; 25.04.1956 - 0 x 3 Itália; 01.05.1956 -1 x 0 Turquia –, ajudando os canarinhos a conquistarem as Taças O´Higgins e Oswaldo Cruz, ambas em 1955.      
Campeão da Taça Cidade das Feiras, em 1961, pelo Valência, o meia Válter, naquele ano, foi tragado por um acidente automobilístico. Foi, mas deixou uma história de craque. Capaz de fazer o treinador Flávio Costa arrumar uma outra colocação para o magnífico Didi no meio-de-campo da Seleção Brasileira.

2 - O ponta-direita pernambucano Nado (E), que aparece nesta foto ao lado do seu conterrâneo Salomão, foi um dos jogadores mais baixinhos – media 1m64cm de altura – convocados para a Seleção Brasileira.
José Reginaldo Tasso Lassalvia, seu verdadeiro nome, antes de aprontar pela ponteiro, jogava aramando, pela meia-esquerda. Virou extrema-direita porque o treinador Ricardo Diez, do Náutico Capibaribe-PE, tinha bons jogadores para o meio-de-campo. Aliás, de início, ele nem era um autêntico ponteiro, pois recuava muito para marcara. Teve de aprender uma nova tática. E achou mais difícil do que armar.
Nado (E) e um outro pernambucano, Salomão
Nado analisava, assim, as duas funções: "Pela ponta, só tenho uma maneira de atuar: para a frente. De um lado, temos o fim do campo, a (linha) lateral, e, do outro, quando não há um marcador, um companheiro quase sempre marcado. Dificilmente, temos a chance de driblar para dentro, sem o perigo de embolar todo o nosso ataque".
Nado nasceu em 15 de novembro de 1938, em Olinda-PE. Começou a carreira, aos 13 anos de idade, por um time amador de sua cidade, chamado Argusa, como infanto-juvenil. Aos 19, foi para o Náutico. Investiu muito na jogada de ir à linha de fundo, para centrar forte para o meio da área. Sobre o drible, considerava-se médio no fundamento, bem como em velocidade. Seu peso ideal era 58 quilos, e ele foi contatado pelo Vasco por ter dado um trabalho danado ao lateral-esquerdo Oldair Barchi, bem mais alto e mais forte, quando o Vasco enfrentou o "Timbu", pela Taça Brasil-1965.
Em Pernambuco, Nado foi campeão pelo fantástico time do Náutico, em 1960/63/64/65a, tendo, em 1963, sido o artilheiro da temporada, com 18 gols. Em 1966, foi eleito como o melhor ponta-direita do Campeonato Carioca e da Taça Brasil. de 1966. Convocado para os treinos da seleção canarinha que rumo à Copa do Mundo-1966, ele fez só um jogo: 10.05.1966 - Brasil 1 x 1 Chile. Depois, disputou mais dois:07.98.1968 - Brasil 4 x 1 Argentina. 14.12.1968 - Brasil 2 x 2 Alemanha Ocidental.

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