Vasco

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sexta-feira, 28 de março de 2014

VASCO DAS CAPAS - BRITO

Certa vez, Nílton Santos, viu um zagueiro vascaíno anular o artilheiro botafoguense Quarentinha. Ao final do jogo, perguntou de quem se tratava. Lhe informaram que o garotão era o filho do seu amigo Leonídio Ruas, com quem jogara, nos tempos de amador, pelo Fleixeiras, da Ilha do Governador. Pois é! Do cara que vivia dizendo ter sido o verdadeiro inventor da bicicleta, a jogada atribuída a Leônidas da Silva. Nílton, a ‘Enciclopédia’, melhor lateral-esquerdo da história do futebol, viu ali o prenúncio de um grande zagueiro. E acertou!

Nascido em 9 de agosto de 1939, Brito ganhou o pré-nome de Hércules, porque o carpinteiro Leonídio surpreendera-se com a robusteza do menino, ao nascer, pesando 5 quilos. Sempre forte, Hércules Brito Ruas Brito foi eleito, durante a Copa do Mundo de 1970, no México, pela Organização Mundial de Saúde, o atleta de melhor preparado físico ddo p´laneta. Pesava 79 kg e tinha um batimento cardíaco de 44 pulsações por minuto. Fantástico! Tricampeão mundial, em gramados mexicanos, ele vestiu a camisa canarinha por 45 vezes, entre 1964 e 1972.

 
Brito chegou a São Januário, em 1955, como juvenil. Assistiu ao reinado de Bellini e até passou por um período de empréstimo, aos Internacionais, de Porto Alegre e de Santa Maria, em 1959. Voltou e ficou, de 1960 a 1969. Nesse período, como capitão do time vascaíno, levantou a primeira Taça Guanabara, e dividiu, com botafoguenses, corintianos e santistas, o título do Torneio Rio-São Paulo, de 1966, por falta de datas para a decisão, devido aos preparativos para a Copa do Mundo de 1965, na qual Brito também esteve. Torcedor do Vasco, Brito vibrou, no dia 2 de julho de 2007, quando soube que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, também vascaíno, havia sancionado o projeto de lei nº 5.052, que criava o “Dia do Vasco”, data comemorativa da fundação do clube que ele tanto defendera. (foto reproduzida de www.crvascodagama.com.br) . Agradecimento.

 Brito dividiu, com o meia palmeirense, Ademir da Guia, a capa do Nº 2 da revista carioca “Futebol e outros Esportes”, lançada, em 1965, de olho na Copa do Mundo do ano seguinte, quando o torcedor só falava no tri da Seleção Brasileira. Como todo canarinho, o cruzmaltino, também, estava nessa. Tanto que, no alto da página 20 (total de 36), a publicação rasgava: BRITO acredita no Tri- em Londres”.
Acompanhado por três fotos, o texto (passava pela página 21), no entanto, fugia da manchete. Preferia fazer um histórico da carreira do capitão do Vasco, o qual defendia desde 1955, quando chegou, com 16 anos. A matéria falava, ainda, da estreia canarinha do atleta, durante a Taça das Nações, em 1964, da não convocação para uma excursão ao exterior, pouco depois, e que fora tornado capitão cruzmaltino pelo treinador Zezé Moreira. “Ser capitão de uma equipe é uma honra, porque demonstra o prestígio do jogador junto à direção técnica. Mas acontece que, em campo, não gosto de falar com meus companheiros. Fora das quatro linhas sou comunicativo e brincalhão, mas na hora do prélio procuro sempre desempenhar a mina missão”. Sou daqueles que gosta de jogar sério e calado”, declarou Brito na matéria que deixou o torcedor longe da chamada. Aliás, nascida para competir com a “Revista do Esporte”, a fraqueza de texto foi uma das causa da vida curta desta publicação.




 
 
 
 
 
 

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