Vasco

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quarta-feira, 16 de julho de 2014

FERAS DA COLINA - CORONEL

 Campeão da Copa do Mundo-1958 e intocável na Seleção Brasileira, o lateral-esquerdo Nilton Santos manifestara, por várias vezes, o desejo de não seguir canarinha. Mas os cartolas da Confederação Brasileira de Desportos sempre o demoviam da ideia. De sua parte, o vascaíno Coronel ficava de olho na vaga.  Afinal, havia disputado o Campeonato Sul-Americano-1959, na Argentina, substituindo o contundido “Enclicopédia”, em seis partidas –  10.03.1959 –  2 x 2 Peru; 15.03 - x 0 Chile; 21.03 - 4 x 2 Bolívia; 26.03 - 3 x 1 Uruguai; 29.03 - 4 x 1 Paraguai; 04.04 -1 x 1 Argentina.

Coronel sabia que Nilton Santos seria titular do selecionado nacional, por muito tempo, ainda. Mas não custava nada sonhar. Com a “Revista do Esporte” Nº 56, de 2 de abril de 1960, até brincou: “Adorei tanto (jogar o Sul-Americano) que gostaria de ficar (no time) por tempo indeterminado. Até me casaria com a posição, se ela me quisesse”. 
 Para Coronel, uma eventual a vaga de Nilton Santos provocaria uma boa disputa entre ele, Altair (Fluminense) e Oreco (Corinthians). Sobre as suas chances de ganhar a parada, comentou: “... nas vezes em que fui honrado com a minha escalação no quadro nacional não decepcionei...sabendo que ali estava ‘tapando buraco’.  Sou um sujeito que não gosta de briga, mas vou brigar pela posição... a força de vontade opera milagres, e eu me gabo de ser um sujeito de muita força de vontade. Se depender de dedicação, empenho, espírito de sacrifício, só espero o melhor: a vaga de Nilton Santos”.
Quando pensava na grande herança, Coronel, de 1m75cm e 72 quilos, contava 25 anos de idade.  Mas seu sonho não se realizou. Nilton Santos seguiu dono da posição e ainda foi bicampeão mundial na Copa do Chile-1962. Coronel vestiu a camisa canarinha em mais dois amistosos: 17.09.1950 -  Brasil 7 x 0 Chile e  20.09.1959 – Brasil 1 x 0 Chile. Naquele grupo, havia, ainda, os vascaínos Paulinho de Almeida, Bellini e Orlando Peçanha. Detalhe: aquele Sul-Americano foi a primeira disputa internacional  de seleções de Pelé, depois da Copa do Mundo da Suécia. (imagem reproduzida da coluna 'Histórias da Bola', do Jornal de Brasilia). 
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