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domingo, 23 de agosto de 2015

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - MARIA QUITÉRIA, A PRIMEIRA MILITAR

Reprodução de www.ahistória.com.br
 
 O exército alistava soldados, em 1822, para tentar consolidar a independência do Brasil, pois os portugueses resistiam, na Bahia. Foi, então, que Maria Quitéria de Jesus Medeiros cortou os cabelos, vestiu-se de homem e alistou-se, como soldado Medeiros.
Para ir à luta, Quitéria precisou fugir do pai, um pequeno agricultor do município de Cachoeira, que discordava dos seus planos. Lutar, no entanto, ela o fazia desde os 10 anos de idade, quando perdera a mãe e passara a cuidar da casa e dos dois irmãos mais novos, o que tirou-lhe a chance de frequentar a escola.
A brava moça foi engajada no Batalhão dos Voluntários do Príncipe, os “Periquitos”, por adotar o verde na gola e nos punhos do fardamento. Mas ela não conseguiu ficar incógnita por muito tempo. Duas semana depois da fuga, o seu pai localizou-a, e só não a levou de volta para casa porque o major Silva e Castro o impediu, por vê-la no lugar certo.
Maria Quitéria lutou contra os portugueses na foz do Rio Paraguaçu, mostrando muito heroísmo. Depois, os combateu nas áreas de Pituba e Itapuã, em Salvador, sempre mostrando muita bravura, o que valeu-lhe receber, no Rio de Janeiro, das mãos do imperador, a comenda do  "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro". Além de uma carta do monarca, para  o seu pai, pedindo-lhe que a perdoasse pela fuga de casa.
Fora dos campos de batalha, Maria Quitéria voltou para a sua terra e casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Mudou-se, depois, para a capital baiana, onde viveu os seus últimos dias sem que ninguém mais lembrasse da primeira mulher brasileira a integrar uma organização militar. Só em 1953, no centenário do seu desaparecimento, o governo brasileiro ordenou a todos os seus estabelecimentos e unidades do Exército colocarem em suas paredes uma foto da heroína baiana.

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