Vasco

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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A PUBLICIDADE NAS REVISTAS ESPORTIVAS BRSILEIRAS - AS "MAIS UMA"

Mais uma do time das “mais uma”. Lançada pela paulista Editora Escala, não informava a data em que estava nas bancas e não trouxe nenhuma inovação. Editada por João Henrique Pugliesi, usou muito o shows de imagens consagrado por Placar, bem como as antiquíssimas seções de carta dos leitores e de páginas com notas muito manjadas pelo torcedor desde os tempos de  “Apito final e Uma Volta pelo Mundo na Revista do Esporte e O Mundo em Manchete Esportiva” – Show de Bola trouxe uma coluna exclusiva sobre o  futebol internacional.                                              
 Esta experiência circulou pela mesma faixa da REVISTA DO FUTEBOL, que viria uma temporada depois. Os tipos de pauta eram quase os mesmos, sem esquecer da seção nostalgia. Louve-se, porém, a agenda do mês, para deixar o desportista bem ligado. Eram duas páginas visualmente bem alegres, repletas de fotos de quem estava acontecendo. Não era novidade, no entanto. Placar, inclusive, já o fizera. E, na década-1960, a paulistana A Gazeta Esportiva trazia algo parecido, mas ao contrário, informando o que ocorrera a cada dia do mês.
Para quem dispunha só de Placar nas bancas, Whow de Bola chegou como um bom aperitivo. As suas matérias eram bem pesquisadas, tendo por repórteres Fernando Factori  e Rogério Chacon, e os colaboradores Giuliana Hollo Del Grande Válter Pimentel. O visual era de Michele A. Silva, as fotografias de Hélio Nório e Renato Costa (contanto com as agências Estado de São Paulo e A Gazeta Esportiva) e a direção de arte a cargo Edson Gallo, assistido por Antônio Correa.
Da parte visual, algo merecia discussão: chegou-se a publicar gráfico com números pequeninos, precisando de lupa para indentificá-los, e matérias em corpo 12, grande e mais recomendado a quem teve problemas de Acidente Vascular Cerebral. Uma outra bola fora foram letras bancas pequenas sobre fundo azul. Também ruim de ler. Show de Bola pecou, também, por fazer matérias sem intertítulos, cansativas visualmente     
 Golaços? Uma boa iniciativa foi “Retrato de Família”, mostrando a ligação do atleta com um familiar. A Revista do Esporte tinha algo parecido, “Como vive...(fulano)”, que terminava sempre valorizando o lado familiar de alguém, na maioria das vezes da esposa).
O número sete, com Edmundo na capa, de volta ao Vasco, após passar pelo Corinthians,  trouxe um belo material, em forma de bate-bola (pergunta e reposta), deixando se explicar o craque que era um dos principais do futebol brasileiro e, também, um dos mais complicados, envolvendo-se em muitas confusões. Também, um bom trabalho  sobre a Lei Pelé, inclusive informando quais jogadores se beneficiariam com a sua aprovação.
 Um outro golaço da Show de Bola foi o talento do chargista Juarez. Produziu desenhos engraçadíssimos , tanto como ilustrador de “causos” da bola (não assinados), do dicionário do futebol e a sua própria coluna, a Maracutaia Futebol Clube, em quadrinhos..                                                                             Publicitariamente, a rapaziada pegava leve. Por volta de 1996, estava na moda os telefones que forneciam informações sobre tarô, religiosidade, sexo, gravações sobre terror, os terríveis prefixos 0900. Eles pintaram na SB, bem como as revisas sobre animais e sexo. Permutas também não faltaram, com emissoras de TV. Para uma edição colorida, em papel cuchê, com 72 páginas, precisava-se de muito aporte publicitário. O show não continuou por muito tempo.     
 

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