Vasco

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domingo, 29 de maio de 2016

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS BELÍSSIMAS VEDETES DONAS DA BOLA

 Todas as revistas esportivas brasileiras haviam sido muito bem comportadas na publicação de fotos de mulheres-atletas. Afinal, durante a primeira metade do século 20, quem ousava ir além dos limites estabelecidos? Vigiados, principalmente, pela Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana e as famílias conservadoríssimas.

Pois a “Revista do Esporte” ousou. Um pouquinho!  Como era moldada pela “irmã mais velha”, a “Revista do Rádio”, aproveitava-se da popularidade das vedetes do teatro e fazia uma espécie de “transplante” de pauta, para mexer com o alibido do seu público. Só dava uma “aconchambrada” no texto, como falava o chamado “torcedor de boteco”, para desportiviza-lo. Coisas como apontar o time pelo qual torcida, o  jogador de futebol predileto, se frequentava os estádios, por aí!                   A vedete Eloína foi a deslocada da “RR”, muito seguramente pela sugestão de Anselmo Domingo, ao secretário de redação da “RE”, Milton Salles,  para “sexyzar” o Nº 58, datado de 16 de abril de 1960, que fez muito marmanjo pecar. Basta conferir nas fotos. Nenhuma publicação do ramo já havia clicado uma mulher intuindo tirar a blusa, ou exibindo as coxas, de maneira muito sensual. Na foto principal (foram três) da matéria (de duas página), Eloína veste o que de menor uma mulher poderia vestir, por aquela época, no teatro e nos musicais. Só cobria o essencialmente proibido.

 Para justificar aquela pauta, a “RE” disse , por um título rasgando as duas folhas, que a vedete ...”até brigava com homens por causa do Vasco”. Eloína mandava dizer à torcida vascaína que o capitão do time, o zagueiro Bellini”, era o atleta que mais admira, “pela dignidade com que se conduz em campo”, mas considerava Ademir Menezes como o maior de todos que já vestira a jaqueta do seu time. E deixava certa a contagem de mais um torcedor engrossando a “Turma da Colina”, o seu filho Anton José, de três meses.
 Por ali, o redator da “RE” – ou da “RE”? –, costurou uma historinha interessante: a moça ficara possessa, ao abrir um presente, de tias rubro-negras, para o neném. Era uma camisa do Flamengo!

Eloína, ao mesmo tempo em que não tinha problemas para exibir o seu corpo, mostrava-se conservadora em outros itens, como só admitir mulher jogar futebol se fosse por uma causa benemérita. “...a mulher é delicada, como uma flor, e não nasceu para praticar esportes demasiados rudes”, explicava-se, garantindo não aceitar um convite para rolar a bola, a não ser que  a renda fosse revertida, por exemplo, em favor da “Casa dos Artistas”.

Pessoalmente, Eloína confessava só conhecer quatro astros da bola, Ademir Menezes, Zizinho , Pinga e Almir, todos cruzmaltinos. Definia-se como uma torcedora “nervosíssima”, durante os jogos do Vasco, levantando-se e sentando-se “mais de 100 vezes”, atrapalhando a visão de quem estivesse atrás. Mas tinha algo muito mais feroz: quando ia ao Maracanã, discutia com quem insultasse os jogadores cruzmaltinos. Certa vez, descera a mão sobre um cara que chamava o goleiro Barbosa de frangueiro. Por causa daquilo, deixou de ir pra galera. Passou a ser uma “teletorcedora”. E jurava explodir a praia de Copacabana, (como fogueteira, é claro), no dias em que o Vasco goleasse o Flamengo, por dez a zero.                                        
.Por fim, mesmo casada (com marido vascaíno, claro!), Eloína disse aos leitores da “RE” que  “adoraria dar um beijo em Pelé”, para ela, o melhor jogador do Brasil. Como vibrou com aquela guri, durante os 5 x 2 sobre a Suécia, na final da Copa do Mundo-1958. Segundo contou, a cada gol brasileiro vibrava e saltava mais do que Adhemar Ferreira da Silva, por sinal, campeão olímpico e “Fera da Colina
 A moreníssima Carminha vestia a camisa do "Diabo", isto é, do América Futebol Clube, e encantava nas disputas cariocas. Tinha torcedor que suspirava ao vê-la entrando na quadra. Uma das mais belas jogadores do basquetebol brasileiro da década-1960.









 


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