Vasco

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domingo, 13 de novembro de 2016

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - AS ESPIÃS QU SABIAM DE MENOS - MATA HARI-1

  A holandesa Magareta Zelle fugiu de casa, aos 18, com um capitão naval escocês e beberão que livrou-se dela em 1901. Para não passar fome, ela lembrou-se das dançarinas de um templo que visitara em Java (atual Indonésia) e espalhou que a sua mãe lhe ensinara danças eróticas secretíssimas do local. Foi à luta, dançando e despindo-se para taradinhos europeus, que, dificilmente, teriam chance de ver mulher ficar nua em público. Foi por ali nasceu a Mata Hari, ou “Olho da Arora”, em javanês.
 A fama do personagem deveu-se, sobretudo, a jornais popularescos e sensacionalistas. Quem os lia excitava-se com as incríveis histórias sobre aquela mulher fatal, irresistível, que arrancava os maiores segredos de estado guardados por diplomatas, políticos e generais do alto do exército francês. Na verdade, Mata Hari não passava de uma menina de programa, que a fama a tornara disputadíssima  e muito bem paga pela elite europeia.

Quem imaginou usá-la de uma forma até então não imaginada foi um sujeito da contraespionagem alemã, pelos inícios da I Guerra Mundial, em 1914.  Freguês dela e sabedor da sua seleta clientela, o cara viu por ali o caminho para a Alemanha obter segredos de conversas de travesseiros.  Contratada para agir na França, vivendo em ambiente luxuoso, Mata Hari foi, praticamente, inútil, pouco informando aos alemães, que a enviaram para outros locais europeus, entre eles a Espanha. Descoberta pelos franceses, como a espiã alemã H21, estes a transformaram em agente duplo.  Em 1917, ela não merecia a confiança dos alemães, que a descartaram, e nem  franceses, que a acusavam de traição.
Na verdade, Mata Hari não provocara nenhum prejuízo à França, cujos reveses de guerra foram muito mais causa da incompetência de seus líderes políticos e militares. Mas a corte marcial que a julgou não podia perder a chance de usá-la para livrar a cara daqueles. Ignorou todos os pedidos de clemência dos seus muitos amantes e a mandou para um pelotão de fuzilamento, ao amanhecer de 17 de outubro de 1917. Bom para o cinema e os escritores. Nascia, para eles, a lenda da superespiã, irresistível e lindíssimamente sexy. Podia até ter sido sexy, mesmo gordinha e baixinha. Mas, o restante..! –  Mara Hari foi a perfeita agente (menos) – 000 à esquerda, já que não existe nenhum outro número abaixo.          

           

 

 

      

       

 

 

 

             

 

 

 

         

 

 

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