Vasco

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sábado, 6 de maio de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO-23 - BRASILEIROS E BRASILIANOS

Eu tenho filho e neto nascidos em Brasília. Eles são brasilienses. Certo? Certíssimo! Já eu nasci na Bahia e, como esta fica no Brasil, sou brasileiro. Certo? Errado!
 "Brasileiros" eram aqueles sujeitos que deixavam Portugal, atravessavam o Atlântico, vinham para cá e voltavam levando ouro, prata e pau brasil,  vendidos a preços altíssimos na Europa. Enriqueciam, rapidamente. Eles não queriam, absolutamente, nada com esta terra. Fixar residência, constituir família, nem pensar. 
Imagem Divulgação de projeto cultural do Banco do Brasil
A partir de 1808, com a vida da família real, os nobre da corte portuguesa que pegaram carona nos navios fujões (fugiram do fracês Napoleão Bonaparte), tornaram-se os “novos brasileiros”. Só faziam se dar bem, mamar nas tetas da “vaquinha” de Dom João Sexto.
 É, exatamente, o gen deixado pelos “brasileiros” que nos encaminhou para a Operação Lava Jato, pela qual a Polícia Federal nos mostra que a maioria dos nossos líderes políticos e empresariais herdou uma cadeia genética horripilante.
 Com certeza, os presos pela Lava Jato não usam advogados que visitam a história do Brasil. Se tivessem, poderiam requerer o mesmo direito que teve Dom João Sexto, de receber propina, tão logo pisou os pés no Rio de Janeiro. Pois foi! Para facilitar a vida de um “brasileiro” que enchia navios com negros africanos e aqui os vendia como escravos, ele recebeu, em troca, o atual Palácio de São Cristóvão, no RJ.
- Ora, senhor ministro. O que sustento aqui neste plenário do Supremo Tribunal Federal é que o que o meu cliente fez foi algo de nobre. Muito nobre! Se o Rei recebeu propina de “brasileiro”, porque este homem não pode? Todos não possuem direitos iguais perante a lei? – poderia alegar o advogado.
Foto oficial da ex-presidente
Dilma Rousseff 
 Aliás, a Lava Jato não deveria atuar sobre corruptos, propineiros. Deveria, sim, prender o “Estado”. Esquisito? Esquisito, mas é, ou deveria ser. É o “Estado” que forma o “brasileiro”. Veja o caso dos cartórios. Se você regularizar uma situação devedora, negociando junto a uma agência estatal de finanças,receberá um certificado de nada consta. Mas não será  o bastante para a sua recuperação fiscal. Ainda será preciso ir ao cartório de títulos protestados e pagar uma taxa exorbitante. Se o “Estado” já lhe recuperou, porque você ainda tem que se acertar com o cartório?
É assim que se formam os “brasileiros”, que se acostumam a só lavar vantagem. Eles estão aos montes no serviço público. Normalmente, parlamentares os indicam para empregos públicos, em troca devoto às propostas que o comandante do “Estado” envia ao Congresso Nacional.
Há agências estatais, em Brasília, sem cadeiras e mesas suficientes paras tantos “empregados” se sentarem. Estes “brasileiros” ficam conversando pelos corredores, bebendo um cafezinho e, raramente, produzem algo de útil. O último governo do PT-Partido dos Trabalhadores, liderado pela ex-presidente Dilma Rousseff, chegou a ter 30 ministérios. Ao final do mês, o dinheiro do povo estava na conta bancária dos "brasileiros", sem que eles tivessem o trabalho de atravessar o Atlântico e vender ouro, prata e o pau brasil na Europa.
Ainda bem que não sou brasileiro. Teria vergonha, se fosse. Sou brasiliano, o gentílico correto. Mas isso o “Estado” nuca ensinou ao povo que trabalha. As suas escolas, os seus professores o deixam, gentilicamente,  como se fossem corruptos, propineiros. Afinal, não são “brasileiros”?   

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