Vasco

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quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

FUXICOS DA COLINA - 17 - CLUÁDIO X GERSINHO, UM RAIO QUE SE REPETIU

Gersinho é o segundo agachado, da esquerda para a direita,
em foto reproduzida de www.almanakdovasco
 Aos 13 de idade, quando saiu de casa, em Pirassununga, para morar  na concentração do Guarani, em Campinas, o garoto Gersinho chegou sonhando com o sucesso no time infantis bugrino e chegada à Seleção Brasileira. Aos 17, o treinador Paulo Emílio o relacionou para o banco dos reservas do time A, que tinha Careca, Renato e Zenon, todos craques que um dia foram canarinhos.
 Em 1978, Gersinho entrou em vários jogos e ajudou o clube campineiro” a ser campeão brasileiro, armado por Carlos Alberto Silva. A torcida e os cartolas o adoravam. No entanto, tudo desmoronou, em 1979, quando o time foi entregue ao treinador Cláudio Garcia. Este o via driblando muito e prendendo a bola ainda mais. E o dispensou.
 Gersinho passou quatro temporadas escondido no time, da segunda divisão paulista, do União Agrícola, de Santa Bárbara D´Oeste. Até que a Ponte Preta surgiu em sua vida. Ao lado de melhores jogadores, ele voltou a crescer e fez o Vasco da Gama desembolsar Cr$ 170 mil cruzados (moeda da época) para leva-lo, em julho de 1985.
A torcida vascaína queria Gersinho jogando...
 Gersinho voltou a sonhar com a Seleção. Só não contava que, em 1986, São Januário recebesse o mesmo Cláudio Garcia, que o dispensara, em Campinas. E o raio caiu, pela segunda vez, no mesmo lugar. Aos 25 de idade, era desprestigiado, novamente, pela mesma pessoa. E rolavam fuxicos na Colina, pois muitos dirigentes não aceitavam o clube pagar caro por um atleta que não jogava.
 Contratado para substituir Antônio Lopes, que caíra por perder o título estadual para o Flamengo, a vida vascaína de Garcia também  passou a ser um inferno. Seu time não emplacava no Brasileirão (então chamado Copa Brasil), e ele foi demitido, após 0 x 1 Rio Branco-ES, em 21 de setembro – substituído por Joel Santana.
 Sob nova direção, Gersinho foi titular no jogo seguinte, marcando gol nos 3 x 0 Tuna Luso-PA. E voltou à rede nos 6 x 0 Operário, de Várzea Grande-MT, e nos 2 x 0 Piauí – Acácio; Paulo Roberto “Gaúcho”, Juninho, Fernando e Pedrinho Vicençote; Mazinho, Geovani e Gersinho; Josenilton, Roberto e Romário passou a ser o time-base inicial de Joel, contando, ainda, com Santos, Mauricinho e Zé Sérgio como opções ofensivas mais imediatas.  
... mas o treinador Cláudio Garcia não - reprodução de
www.soumaisflu.comlbr
  Para os cartolas que queriam Gersinho jogando, ele ajudara a elevar o índice técnico vascaíno e fora decisivo na chegada da rapaziada à segunda fase do Brasileirão, marcando três tentos, em quatro partidas. De sua parte Gersinho lembrava a  um repórter de rádio: “Marquei o primeiro gol do Vasco após a saída de Cláudio Garcia” – 0 x 1 Náutico-PE; 0 x 1 Bahia; 0 x 1 Guarani-SP; 0 x 0 Santos; 0 x 0 Cruzeiro; 0 x 1 Rio Branco.
 Roberto Dinamite, maior ídolo da torcida vascaína, que via Romário crescendo, também entrou no fuxico, alfinetando Garcia, pela revistas “Placar” – Nº 858, de 03.11.1986 –, considerando Gersinho exímio lançador. “Torna o time mais veloz”. Mauricinho, também foi nessa, afirmando que Gersinho criava mais opções de jogadas. De sua parte, o “próprio” garantia que um terceiro raio jamais esvaziaria a sua bola.

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