Vasco

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

9 - CHARGISTAS NO ESPORTE - LUZARDO, LAN E OTÁVIO

O "Rei" virou santa e escandalizou os católicos
 LUZARADO Alves da Costa foi um artistas nascido no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, na Paraíba. Viveu por 84 temporadas, entre 1932 e 2016. Aos oito de idade, descobriu a vocação pelo desenho, usando carvão e pedaços de tijolos. Usava como tela as calçadas da rua onde morava.
Reproduzido da "Revista do Esporte"
 Além de criar para revistas e jornais paraibanos, ele trabalhou, também, no Rio de Janeiro, onde viveu a última fase  da “Revista do Esporte”, semanária que existiu entre 1959 e 1970. Por ali, ele assinava a página humorística “bola ao quadrado”, titulada com letras minúsculas, por se tratar só de “bolas fora” da rapaziada.
Entre os personagens de Luzardo na “RE” estavam, o gozador botafoguense Zé Foguinho e o vascaíno Vasconcelos.  Na Paraíba, para o jornal “O Norte”, de João Pessoa, em  1973, ele criou mascotes para os times do futebol paraibanos, como “Botinha, o Xerife do Nordeste”, para o Botafogo, e “Macaco Altino”, para o Auto Esporte. 
Filho de Antônio Alves Cassiano e Júlia Alves da Costa, aos 15 deidade, Luzardo começou a trabalhar como encadernador no jornal “A União”. De vez em quando, fazia alguns desenhos a pedido do gerente. Na época, criou o personagem “O Sapo de Orós”.
Reproduzido de
 www.paraibacriativa.com.br
 Antes de deixar João Pessoa, ele foi camelô e gravador de objetos. Pela década-1960, atuando como desenhista de um programa da pernambucana TV Jornal do Comércio, foi descoberto pelo megaempresário Assis Chateaubriand, que o levou para a revista “O Cruzeiro”, no Rio de Janeiro, onde atuou ao lado de grandes nomes dos desenhos, como Péricles, Carlos Estevão, Henfil, Millôr Fernandes, Juarez Machado, Nilson, Redi, Ciça, Daniel Azulay, Ziraldo, Zélio, Jaguar e Fortuna.
Luzardo passou, também, pela “Revista do Rádio” e os jornais “Correio da Manhã” e “O Dia”, além de ter produzido capas para as revistas de quadrinhos “Bolinha” e “Luluzinha”, entre outros. Em 1971, voltou à Paraíba e a ser gravador. Fundou o jornal  “Edição Extra”, da linha de “O Pasquim”, e criou o o personagem “Bat-Madame”, sacaneando o “Batman” e os costumes da região. Pelo mesmo período, publicou a “Charge da Semana”, folheto patrocinado por comerciantes de João Pessoa e, distribuído gratuitamente. Seu personagem era o Pataconho, analista e crítico de momentos político-econômico-sociais.

                                                                     LAN
É bem possível que muitos torcedores não se lembrem mais do meia 'Pintinho', que esteve vascaíno durante as temporadas 1980/1981.
 Registrado e batizado por Carlos Alberto Gomes, o carinha nasceu carioca - 25 de junho de 1955 -, foi cria do Fluminense e saiu do Vasco para encerrar a carreira pelo espanhol Sevilha.a.
 'Pintinho' usou, também, as jaquetas dos selecionados brasileiros principal olímpico, pelo mesmo número de seis partidas, em cada uma delas.
 Nesta imagem reproduzida do “Jornaldo Brasil”, ele foi um dos caricaturizados por Lan, isto é, Lanfranco Aldo Ricardo Vaselli Cortellini Rossi Rossini, um italiano nascido nas toscana Montevarchi - 18.02.1925 -  e que veio para o Brasil aos quatro de idade.
Reproduzido de www.blahcultural.com
Filho de Aristides/Irma Vaselli, depois da vida paulistana ele viveu no Uruguai e na Argentina, por conta da vida de músico do pai.
Foi entre 1945/46, nos jornais “Mundo Uruguaio” e El País” que ele iniciou a sua vida de artística da ponta do lápis.
 Em setembro de 1952, o editor Samuel Wainer o trouxe para trabalhar no seu jornal carioca "Última Hora", fixando-se, em definitivo, pelo Rio de Janeiro, em 1953, temporada em que lançou a revista FLAN.  Depois, Lan passou pelo jornal "O Globo", até e 1962, quando mudou para o "Jornal do Brasil", que teve o seu traço por 33 temporadas.
Em 1972, Lan recebeu, da Câmara Municipal,  o título de Cidadão Honorário da cidade do Rio de Janeiro, por ser visto como o mais carioca dos gringos que por lá pintaram. Fanzaço das mulatas carioquíssimas, ele sempre fez questão de destacar a sua flamenguice, como mostra nesta imagem .  

OTÁVIO
Santos x Corinthians, em 1962,  seria o cartaz da rodada do futebol paulista. Então, Otávio satirizou o time santista pedindo uma ajudinha ao Céu. Colocou Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, com o rosto de Pelé e foi um horror. Os fiéis protestaram diante da sede do jornal “Última Hora” de São Paulo, que precisou pedir desculpas à Igreja Católica.
 Otávio Câmara de Oliveira viveu por 65 temporadas (35 de carreira), até 23 de dezembro de 1995, considerado um chargista moderno. Finalizava os seus trabalhos a nanquim.
 Também, jornalista e pintor, Otávio iniciou a carreira em "Última Hora", em junho de 195. Em 1952, foi para a"Última Hora-SP". Em 1970, passou para a ‘Folha da Tarde’. Fez trabalhos para várias editorias dos jornais pelos quais passou e ganhou vários prêmios, um dos quais o “Andorinha-78”, de charge política. 
Seu filho Novaes é o seu seguidor, sendo um dos mais respeitados da atualidade em termos de ilustrações, caricaturas e desenhos de histórias em quadrinhos, tendo o seguido desde 1972, quando tinha 18 de idade. Brevemente, ele será focalizado por esta série.  
Esta caricatura de Otávio que você vê foi desenhada por Bira Dantas, isto é, Ubiratan Libanio Dantas de Araújo, e reproduzida de www.fotolog.com. Bira é um paulistano ilustrador, caricaturista, cartunista e quadrinista que trabalha nisso desde 1979.  

3 comentários:

  1. Foi o melhor chargista que conheci.Agora será difícil surgir outro , espero conseguir algum álbum seu com suas charges incríveis.Insubstituivel sim .RIP.

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  2. Desconhecido nada,o nome do comentarista é Andersen Luiz de Castro.

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  3. a imagem da Nossa senhora , é do artista Otávio De Oliveira.

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